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Koinonia, é comunhão e ajuda mútua!

Koinonia é mais uma das marcas de uma igreja viva que descobrimos na leitura de Atos é o amor e o cuidado mútuo entre os crentes. Se a primeira marca é o estudo, a segunda é a comunhão.

A palavra comunhão que utilizam algumas versões é a tradução de koinonia. Este termo descreve aquilo que temos em comum, o que compartilhamos como crentes em Cristo. Isto se refere a duas verdades complementares.

Em primeiro lugar, compartilhamos a graça de Deus. O apóstolo João começa sua primeira carta com estas palavras: “Nossa comunhão é com o Pai e com o Filho, Jesus Cristo… ”
Paulo fala da comunhão que temos com o Espírito Santo. A comunhão autêntica é uma comunidade trinitária. Nós os crentes participamos em comum no Pai, no Filho e no Espírito Santo.

Há um segundo aspecto da koinonia. Também temos em comum o que damos. Este é o aspecto a que Lucas dá ênfase. Em suas cartas, Paulo usa esta mesma palavra, koinoma, para referir-se a uma oferta que estavam dando às igrejas. O adjetivo koinônico significa “generoso” e, nesta passagem, Lucas descreve a generosidade dos cristãos primitivos:

“E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas
propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.” (Atos 2:44-15)

Esta passagem nos perturba. Preferimos saltá-la para evitar o desafio que ela encerra. Devemos imitar literalmente estes crentes? Quis Jesus que todos seus seguidores vendessem suas possessões e repartissem o que
obtivessem delas? Sem dúvida, o Senhor chamou a alguns de seus discípulos a uma pobreza voluntária total. Esse é o chamamento que fez ao jovem rico, por exemplo. A ele, Jesus disse expressamente que vendesse tudo e o desse aos pobres. Este foi também o chamado de Francisco de Assis, na idade média, e provavelmente é o chamado de Madre Tereza, em Calcutá. Eles nos recordam que a vida não consiste na abundância dos bens que possuímos.

Mas não todos os discípulos de Cristo são chamados a isso. A proibição da propriedade privada é uma doutrina marxista, não cristã. Mesmo na igreja em Jerusalém, a decisão de vender as propriedades e dar tudo foi uma questão voluntária. Quando passamos para o versículo 46, lemos que os crentes se reuniam “em suas casas”. Quer dizer, continuavam tendo casa e propriedades pessoais. Pelo visto, não haviam vendido todas as casas, seus móveis e suas propriedades! Contudo alguns tinham casas, e os crentes se reuniam nelas. Não obstante, não devemos evadir do desafio destes versículos.

Alguns suspiram com alívio porque não sugeri que devemos vender tudo e repartir.  Mas, mesmo que não seja o nosso chamado particular, todos fomos chamados a nos amarmos mutuamente como faziam aqueles cristãos.
O primeiro fruto do Espírito Santo é o amor.
Em particular, a igreja primitiva cuidava dos pobres, e compartilhava com eles parte de suas possessões. Esta atitude deve caracterizar a igreja em todos os tempos.

A comunhão, a disposição de compartilhar, generosa e voluntariamente, é um princípio permanente. A igreja deveria ser a  primeira entidade no mundo na qual se abolisse a pobreza.

Conhecemos as estatísticas. O número de gente que vive na miséria, sem cobrir as necessidades básicas para sobreviver, é aproximadamente de um bilhão. A média dos que morrem de fome cada dia é de dez mil pessoas. Como podemos viver com estas estatísticas?

Nós cristãos que vivemos em países mais ricos devemos ajustar nosso estilo de vida e viver com mais simplicidade. Não porque cremos que isto vai solucionar os problemas macroeconômicos do mundo, senão por solidariedade com os pobres.

Uma igreja cheia do Espírito é uma igreja generosa. A generosidade tem sido sempre uma característica do povo cristão porque nosso Deus é um Deus generoso. Por isso, outra palavra que expressa a atitude de generosidade
é a palavra “graça”. Se Ele dá tudo de graça, se nosso Pai é generoso, Seus filhos também devem ser generosos.

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Por John Stott

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